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Recomeçar ou Retomar?

Antes de traçar novas estratégias para o ano que chega, é fundamental uma leitura crítica do histórico de desempenho dos últimos anos e interpretar com clareza os fatores que atravancaram e os que impulsionaram os negócios da empresa. Se não há esse registro, tomar muito cuidado com a intuição, porque nem sempre ela trabalha para evidenciar falhas e retratar com fidelidade os números. De nada adianta maquiar a realidade, porque ela se revelará cada vez mais agressiva se não receber o tratamento adequado.

A objetividade no enfrentamento dos problemas, por sua vez, não é uma linha reta e nem mesmo um processo matemático elementar, que deriva da lógica e dos números colocados na planilha. Aspectos humanos têm peso preponderante nessa equação, aliados, evidentemente, ao conhecimento técnico. A engenharia é complexa, porém, de fácil entendimento para quem assimilou com responsabilidade a composição do sistema de gestão.
Essa introdução é uma base para entrarmos na questão central que se renova a cada ano. Como abrir o calendário de trabalho para 2019? Estamos diante de um recomeçar ou um retomar? As duas palavras parecem ter o mesmo significado, mas quando colocamos na prática de gestão revelam grande diferença. Recomeçar é começar de novo, algo que começou e por algum motivo não conseguiu manter-se na prática, então, recomeçamos, com todas as mudanças fundamentais necessárias. Retomar significa que daremos continuidade ao que estávamos fazendo e do ponto em que paramos, num processo contínuo na busca dos objetivos.
O recomeçar se dá, portanto, quando todas as interpretações das estatísticas do que estávamos fazendo indicam que o caminho seguido desandou ou não se demonstrou sustentável e a persistir na mesma toada, o desarranjo será ainda mais grave e incorrigível, com perspectiva de desastre. Nada mais importante que aceitar a realidade, porque dói menos. A saída é voltar ao ponto zero.
Por outro lado, se o caminho está certo, a sequência é consolidá-lo. Nesse sentido, a retomada é uma sequência de ajustes que potencializam as conquistas e corrigem as falhas, mantendo o alinhamento das pessoas aos objetivos, na busca pela sustentabilidade do negócio. Para este ano, no que diz respeito às perspectivas econômicas, temos motivos para esperar o melhor. No entanto, nada acontecerá de graça e é preciso muita atenção.
Isso quer dizer que devemos nos ater ao core business da empresa, até que de fato percebamos com segurança que o cenário permite um passo à frente. Não é possível ainda um avançar natural em setores que podem trazer riscos. Mas temos que trabalhar com essa possibilidade, uma vez que na economia tudo se desenrola de forma rápida e quem sair na frente leva vantagem.
Para explicar melhor o parágrafo acima, em artigos anteriores dissemos que em época de crise temos que focar o nosso negócio naquilo que sabemos fazer de melhor (core business) e, assim, eliminar o supérfluo ou complementar. Seria uma forma de resistir na travessia de uma fase economicamente turbulenta, para não perdermos energia no percurso.
Com o fim da crise mais aguda, vai-se revendo as possibilidades de nova ampliação. Vivemos este ponto de confluência. A arrancada dependerá dos sinais do governo. Além de retomar, o próximo passo é crescer. Por isso, atenção no que está sendo desenhado em Brasília.

ARTIGO JANEIRO/2019

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Alessandro Natal

é Diretor da
UNIC Gestão e Negócios Empresariais
Empresa especializada em
Gestão Empresarial e Desenvolvimento
de Profissionais e Lideranças.
Formado em Administração com
Habilitação em Sistemas de Informação.
Palestrante em cursos, treinamentos,
eventos corporativos e preparação de
profissionais para o mercado atual.
Auditor Líder de Sistemas de gestão
da Qualidade Certificado pelo RABQSA.
Colunista do Carreira & Sucesso,
Catho nos assuntos de Gestão
Empresarial e Liderança
na Revista Atitude Empreendedora.
Contato: alessandro@unicgestaoenegocios.com.br

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