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Quando 2020 vai terminar?

Os brasileiros ainda não sabem quando vai terminar 2020. Tudo depende de uma mísera vacina. Janeiro do ano que vem parece que não dá. Fevereiro, talvez sinalize o início do fim de um ano tenebroso. Tudo indica que possamos virar a página do calendário 2020 entre março e junho de 2021. A pandemia do novo coronavírus tirou todo mundo de órbita e por isso teremos esta prorrogação para juntarmos nossas tralhas e seguirmos adiante. O problema é que 2021 terá apenas seis meses de correria.

A batalha contra as mazelas do coronavírus exigiu mais feeling do empreendedor do que teoria econômica. Se você está em pé sabe muito bem do que está sendo falado. É relativamente fácil analisar um cenário depois que o pior passou. A vantagem desta coluna é que em nenhum momento vendemos ilusões, pois sempre tratamos a pandemia como um infortúnio com um potencial demolidor de riquezas sem precedentes – depois das grandes guerras e da hiperinflação –, pois todos estávamos diante do olho do furacão.

Até mesmo os empreendedores que levaram vantagem com este ano insalubre desejam um ponto final nesse cenário delirante e que se restabeleça a rotina dos negócios e, fundamentalmente, das famílias, porque a situação não se aguenta assim por muito mais tempo. Ninguém se sustenta sozinho em um mundo em rede. Uma hora a conta chega para todos, sem exceção.

Aqueles que foram duramente impactados em decorrência da paralisação do mercado clamam por um retorno de suas atividades, pois estão pendurados no banco, com as contas pedindo socorro. Não é novidade também que muitos foram os empreendedores que perderam definitivamente a batalha contra o mal invisível. Outros terão de começar tudo do zero.

O mundo foi pego de surpresa, não há dúvida. Mas até agora o governo brasileiro não compreendeu que a Covid-19 tornou mais um gatilho nos indicadores de morte nacional, que tem levado muitas vidas precocemente, o que poderia ser evitado, além do seu potencial para dizimar idosos e adultos com baixa resistência A doença pode ainda deixar sequelas ainda desconhecidas pela ciência e comprometer gerações.

Não se trata de ser a favor ou contra a política ou a antipolítica gerida em Brasília. O fato é que, no plano econômico e social, durante esse período pandêmico, mais da metade da renda nacional migrou para a informalidade, que continua sendo o mecanismo de resistência da sociedade brasileira. Vivemos um retrocesso gigante em termos de organização da população economicamente ativa em decorrência do estresse nos pequenos e médios negócios.

Feito o pit stop para as lágrimas, vamos agora à luta. A certeza é que ainda no primeiro semestre do ano que vem teremos a imunização e poderemos retomar as atividades com segurança. Até lá é planejar. Evidente que o mundo se tornou mais virtual e mais difícil. O comércio à distância ganhou força e se ajustou aos novos tempos com preponderância. Trata-se, portanto, de uma ferramenta que não pode ser desprezada. Ao contrário, precisa ser estudada em profundidade e explorada em todas as suas dimensões.

Temos de avaliar o impacto da pandemia em cada cadeia produtiva e de serviços e observar as novas oportunidades. Conversar, conversar muito com os sobreviventes. Reatar os laços e reconstruir as pontes. Entre mortos e feridos, quem se segurou até aqui está a salvo. Não se pode esmorecer, pois o estrago já está feito e não nascemos para ficar lamentando, vamos a luta que temos muito trabalho pela frente.

ARTIGO  DEZEMBRO/2020

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Alessandro Natal

é Diretor da
UNIC Gestão e Negócios Empresariais
Empresa especializada em
Gestão Empresarial e Desenvolvimento
de Profissionais e Lideranças.
Formado em Administração com
Habilitação em Sistemas de Informação.
Palestrante em cursos, treinamentos,
eventos corporativos e preparação de
profissionais para o mercado atual.
Auditor Líder de Sistemas de gestão
da Qualidade Certificado pelo RABQSA.
Colunista do Carreira & Sucesso,
Catho nos assuntos de Gestão
Empresarial e Liderança
na Revista Atitude Empreendedora.
Contato: alessandro@unicgestaoenegocios.com.br

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