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Reposicionamento no mercado

A pandemia de coronavírus tem exigido a construção de um olhar para a sociedade que vai além da mudança de plataforma de produção e serviços. Se fosse simplesmente uma mudança do ambiente físico para o virtual, estaria tudo resolvido. Há setores, sem dúvida, que não só funcionam melhor à distância como se tornam mais rentáveis, pela ampliação da escala do público consumidor. O mercado de remédios está de vento em popa.

Mas há outros tantos setores da economia que simplesmente estão inviabilizados. Uma frota de vãs escolares, com a parada das aulas, se tornou um peso gigantesco para se manter. Os organizadores de festas e eventos estão passando o maior apuro. Restaurantes, que estão tentando a sorte no delivery, não vêm horizonte, com o caixa cada dia mais vazio.
Até mesmo os teóricos não se arriscam a fincar uma tese segura sobre o que está por vir e o que fazer. Especula-se. Dizem isso ou aquilo, mas para quem está com a carga arriada na estrada e com uma tempestade sobre a cabeça, pouco significam aulas de estímulo. O fato é que cada um precisa se segurar como pode.
Em países estruturados, com governos devidamente articulados com a sociedade e com o setor econômico, a ajuda estatal neste momento faz muita diferença para que o empreendimento não se perca. Mas no Brasil, sem bússola em Brasília, o cenário não é dos melhores. Além de que, poucos são os que têm crédito fácil e barato em bancos.
A tecnologia, vemos hoje, não cria apenas um novo ambiente, como cria também novas necessidades, e tira da jogada quem não se ativer a este gigantesco detalhe.
A mais eficiente, a mais econômica, enfim, a nova tecnologia desequilibra o jogo do mercado, no sentido clássico do termo.
Diante da pandemia, como falar em “reposicionamento”? A Covid-19 tem provocado transformação que atravessa o conceitual e não se limita ao tecnológico. Porque é a primeira vez na história contemporânea em que ficamos refém do tempo, para que ele (o tempo) nos oriente sobre os nossos próximos passos. E temos que estar atentos exatamente aos detalhes sobre a reabertura econômica.
Reposicionar sua empresa, sua estrutura, sua política, sua cabeça exige uma leitura correta de tudo que ficou ou sobrou após essa avalanche de acontecimentos e realizar as mudanças. É uma decisão simples como tirar leite de pedra. Não adianta mudar somente porque tem que mudar, pois corremos o risco de uma mudança dessincronizada, e isso pode custar a vida definitiva do negócio.
O tempo vai se abrir a partir de uma nova chave filosófica. Não vai nos revelar o enigma do que de fato ocorreu. Provavelmente você continue o mesmo, somente um pouco perturbado pelo pesadelo que nos enredou nesses quatro, cinco ou seis meses.
Se as pernas estão boas? Levanta, anda. Não lamente o ocorrido, porque ninguém ficou de fora desta loucura. Temos de nos preparar para o novo normal. Se você de fato é um empreendedor, vai saber ler a realidade e definir qual deve ser sua atitude, com risco de acertar, de errar, mas, fundamentalmente, de sobreviver. E, posteriormente, consolidar novamente seu negócio. Boa sorte a todos nós.

ARTIGO  JULHO/2020

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Alessandro Natal

é Diretor da
UNIC Gestão e Negócios Empresariais
Empresa especializada em
Gestão Empresarial e Desenvolvimento
de Profissionais e Lideranças.
Formado em Administração com
Habilitação em Sistemas de Informação.
Palestrante em cursos, treinamentos,
eventos corporativos e preparação de
profissionais para o mercado atual.
Auditor Líder de Sistemas de gestão
da Qualidade Certificado pelo RABQSA.
Colunista do Carreira & Sucesso,
Catho nos assuntos de Gestão
Empresarial e Liderança
na Revista Atitude Empreendedora.
Contato: alessandro@unicgestaoenegocios.com.br

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