Se não envolver corretamente o resultado ficará comprometido
Prever o amanhã é um exercício difícil, com margem de erro de 100%. Quando o imponderável entra em ação, ficamos à mercê de forças com as quais não podemos. E somente o tempo nos dá condições de compreendermos cientificamente o que ocorreu para que possamos tomar decisões que contornem o estrago. Mas não é todo dia que Nova York vê seus símbolos destruídos por islâmicos e o mundo é tomado por um vírus que escapou do hálito de um morcego asiático. Por isso, as empresas, sob temperatura e pressão relativamente seguras, podem sim se projetar para o futuro e com segurança elevada, contando apenas com instrumentos básicos de gestão, como planilhas estatísticas, estrutura adequada e bom senso. Para enfrentar o mercado essa composição, se bem trabalhada, bastaria. O fato é que somente esses três itens podem esconder também mistérios insondáveis para os empreendedores que não estão preparados para trabalhar com fatores que não se medem com régua e compasso, e nem mesmo com planilha de Excel.
Vejamos o exemplo do engajamento da equipe. Não é apenas a remuneração que garante o empenho do profissional. Não adianta também estimulá-lo para que se sinta em casa e torça para o time em que está jogando. Ele precisa ter a dimensão do ambiente em que está inserido, saber da sua importância na equipe e, acima de tudo, deve ser reconhecido como uma pessoa de valor. Porém, nada disso vale se a meta da empresa for surreal. A projeção futura tem que estar numa dimensão plausível, para que o esforço da equipe não seja em vão e desgastante. Você pode até enganar um burro e fazê-lo andar colocando uma cenoura presa em sua frente, mesmo que o alimento seja inatingível. Mas no caso humano, este exemplo não funciona. Pelo contrário. Nos bastidores o chefe vira motivo de chacota, porque está exigindo o que todo mundo vê que não será alcançado. Evidente que podemos até traçar uma linha exagerada à frente, mas para ser alcançada em etapas, a partir de avaliações periódicas, do diálogo permanente e da capacitação contínua. Bom senso, claro.
No mercado, há sempre as empresa âncoras que podem servir de exemplo. A parceria com elas é um caminho glorioso em direção ao sucesso. Quando isso não é possível, tê-la como referência ao menos já é uma ajuda e tanto até a que sua empresa desenvolva
seus próprios parâmetros. Esse nível de maturidade é fundamental para que o diálogo interno progrida e as metas sejam batidas. Todo profissional se vê em melhores condições quando a empresa em que ele trabalha está empenhada em tê-lo como uma peça-chave
para enfrentar a dinâmica da concorrência, ou seja, se sente envolvido e fazendo parte.
ARTIGO SETEMBRO/2020
Alessandro Natal
é Diretor da
UNIC Gestão e Negócios Empresariais
Empresa especializada em
Gestão Empresarial e Desenvolvimento
de Profissionais e Lideranças.
Formado em Administração com
Habilitação em Sistemas de Informação.
Palestrante em cursos, treinamentos,
eventos corporativos e preparação de
profissionais para o mercado atual.
Auditor Líder de Sistemas de gestão
da Qualidade Certificado pelo RABQSA.
Colunista do Carreira & Sucesso,
Catho nos assuntos de Gestão
Empresarial e Liderança
na Revista Atitude Empreendedora.
Contato: alessandro@unicgestaoenegocios.com.br