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Diagnóstico correto para decisões assertivas

No Brasil, ser empreendedor é uma aventura. Claro que a emoção é redobrada quando um projeto funciona, diante de tantas incertezas. Há inclusive dificuldades teóricas para dar suporte a uma ação empreendedora em um cenário tão adverso. Um dia o mercado acha que estamos no caminho correto. A bolsa dispara, o dólar desce, as ações avançam o sinal verde, como se uma nova fase estivesse sendo iniciada. Ibovespa bateu os 120 mil pontos, vai dizer o comentarista otimista, como se o próximo passo fosse na mesma sequência positiva.

Só que no Brasil há uma Brasília, um mundo político, um governo confuso. Uma luta pelo poder doentio pelas mesmas lideranças de sempre. Uma irresponsabilidade com o dia a dia das pessoas por parte do governo. Aí o presidente da República se posiciona contra a vacina e atropela o combate à Covid-19. O governo chinês, ao se sentir agredido, dificulta a exportação de insumos para a produção da Coronavac. O governo de São Paulo briga com o presidente e seus assessores. O dólar dispara, as blueships despencam, a perspectiva é depressiva e o fim do mundo se anuncia.

Quem estava com recursos investidos no tesouro direto entende que está encurralado, porque nada anda. Quem investiu em ações percebe que vai ter que esperar um pouco mais para mexer no dinheiro. Quem estava preparado para investir em algo pensa que vai ter que agir rapidamente para não perder ainda mais dinheiro, acreditando estar fazendo a coisa certa, porque seu projeto é empírico, sem pesquisa, sem dimensionar riscos, sem se preparar para o pior.

Claro que há sempre aquele que pensa com base em um mercado que já conhece. Por isso acredita estar em um segmento seguro, desde que faça tudo certinho. Mas esqueceu que teria de ter um bom capital de reserva para resistir até que a cadeia produtiva em que resolveu atuar o absorva, seja devido às suas qualidades, à qualidade dos seus serviços e produtos, enfim. O mundo que era para ser uma sequência calculada de sucesso, se torna um drama de dificuldades.

E quem já está no Mercado com um empreendimento consolidado? Não pode pensar que já venceu, porque vencer é algo que acontece diariamente, no enfrentamento das questões que se apresentam para destruir tudo o que é sólido. Entra em cena então o planejamento. Planejar é encarar o dia a dia com serenidade, por saber que a instabilidade é parte do jogo ou a essência dele. E sem planejamento não há um amanhã seguro. Tudo depende de planejamento. E o planejamento depende de um bom diagnóstico da realidade. De uma boa equipe técnica e de uma boa assessoria.

Saber ler a realidade no Brasil é coisa de gênio, ou de pessoas com muita sorte. Porque tem Brasília, tem os políticos em um mundo paralelo, tem o termômetro do mercado, tem o sobe e desce diário das bolsas. O diagnóstico, portanto, exige uma postura cética, agir com cautela, dialogar com os pleyers, acompanhar a movimentação real, medir riscos. Equipe afinada, estatística, produto e serviço do melhor, analisar tendências… Tomar decisões assertivas é o que nos resta. Agir com clareza, objetividade e segurança, sem agredir ou menosprezar ninguém. É transmitir esse sentimento para a equipe. Mas smpre com um gráfico em mãos, acreditando um pouco nos instrumentos de verificação da realidade que supomos. É sonhar com o pé fincado na realidade. É ser empreendedor.

ARTIGO  JANEIRO/2021

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Alessandro Natal

é Diretor da
UNIC Gestão e Negócios Empresariais
Empresa especializada em
Gestão Empresarial e Desenvolvimento
de Profissionais e Lideranças.
Formado em Administração com
Habilitação em Sistemas de Informação.
Palestrante em cursos, treinamentos,
eventos corporativos e preparação de
profissionais para o mercado atual.
Auditor Líder de Sistemas de gestão
da Qualidade Certificado pelo RABQSA.
Colunista do Carreira & Sucesso,
Catho nos assuntos de Gestão
Empresarial e Liderança
na Revista Atitude Empreendedora.
Contato: alessandro@unicgestaoenegocios.com.br

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